Seguir o Coelho Branco sempre foi um convite para atravessar limites invisíveis. É uma metáfora antiga, mas que só ganha força com o tempo: a ideia de que um pequeno gesto de curiosidade pode abrir um portal inteiro, para outros mundos, outras percepções, outras versões de nós mesmos.
A expressão nasce da obra de Lewis Carroll, em Alice no País das Maravilhas (1865), quando Alice vê um coelho apressado, o segue sem pensar muito… e literalmente cai em um universo onde as regras deixam de ser as mesmas. No fundo, Carroll falava sobre a coragem de duvidar da lógica automática que conduz o cotidiano, algo que também dialoga muito com o espírito da Luna.
Décadas depois, o símbolo ressurgiu com força em Matrix (1999), quando Neo recebe a instrução que redefine sua trajetória: “Follow the white rabbit.” É o primeiro passo para romper a superfície, questionar a realidade e finalmente enxergar além. É um lembrete de que todo caminho de transformação começa com um detalhe mínimo — um estímulo quase aleatório - que, quando aceito, muda a rota inteira.
Na Luna, esse símbolo ressoa como a vontade de explorar o desconhecido, desafiar padrões e mergulhar um pouco mais fundo no inesperado. Down the rabbit hole não é sobre perder-se — é sobre se permitir atravessar, investigar e transformar.
É um chamado para quem sente que existe algo além da superfície.

